sábado, 12 de janeiro de 2008

Antônio Nóbrega - Nove de Frevereiro Vol. 1

Em 2007, o frevo completa 100 anos. Essa contagem é feita, oficialmente, a partir da primeira vez que a palavra frevo apareceu num artigo do Jornal Pequeno de Recife (atualmente, Diário da Manhã), em 9 de fevereiro de 1907, para nomear um gênero musical.
O multiinstrumentista Antonio Nóbrega, um apaixonado e estudioso incondicional das manifestações culturais brasileiras, sobretudo do frevo, decidiu antecipar as comemorações desse centenário com o lançamento do CD Nove de Frevereiro, referência brincalhona à data histórica. "Embora se acredite que, no fim do século 19, o gênero já comece a se formatar como frevo", explica Nóbrega.
Nove de Frevereiro é o primeiro de dois CDs, em que Nóbrega resgata a trajetória do universo frevístico, desde seus formadores até as gerações mais contemporâneas. Neste primeiro trabalho, que acaba de chegar às lojas, o músico, também dançarino e cantor, compilou frevos de autores das antigas, representativos no gênero musical em suas três vertentes: frevo-de-bloco (cujas letras e melodias misturam saudade e evocação, é executado por um coro feminino e acompanhado por uma orquestra), frevo-canção (responsável pela animação dos salões e das multidões que seguem as Freviocas) e o frevo-de-rua (criado inicialmente para ser executado a céu aberto).
Garimpou velhos frevos, alguns deles já esquecidos, como Dedé, de Nelson Ferreira; A Pisada É Essa, de Capiba; e Último Dia/Mexe com Tudo, de Levino Ferreira, entre outros. "São compositores cuja trajetória foi importante na criação da linguagem do carnaval, em geral, e do frevo, em particular", conta o brincante.
Apesar de não ser um álbum autoral, Nóbrega deu sua contribuição ao gênero convidando amigos compositores a darem novos arranjos ao antigo repertório. "Normalmente, os frevos-de-rua são músicas compostas por autores para uma orquestra de sopro, principalmente. Às vezes, o frevo é reorganizado anos depois por outros compositores de frevo", explica o músico.
Um dos fatores que mais ajudam na modernização dos frevos é a sua orquestração harmônica mais atual. Mas a marca mais pessoal de Nóbrega aparece no CD, quando ele coloca seu violino a serviço do frevo, algo pouco usual.
*texto extraído do Diário Vermelho



Link: Nove de Frevereiro Vol. 1

01 - último dia/mexe com tudo
02 - sonhei que estava em pernambuco
03 - folias da madrugada
04 - a pisada é essa
05 - transcendental
06 - dedé
07 - chuva morna
08 - cocorocó
09 - quinho
10 - ingratidão
11 - capenga/mordido
12 - garrincha
13 - isquenta muié
14 - vão me levando
15 - relembrando o passado

2 comentários:

Anônimo disse...

parabens por ese blog axei tudo q estava procurando de musicas de frevo

Renato César disse...

este tambem esta com link quebrado se puder consertar agradeço d+